sábado, 5 de outubro de 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mico no Leblon

Então. Depois de um jantar maravilhoso com amigos queridos, duas deliciosas margaritas de melancia!, e décadas milagrosamente escapando, finalmente, fui pega na blitz da Lei Seca!
Comecei fazendo uma cena, dizendo que estava vindo do hospital, que meu pai estava internado, etc, etc, na esperança de que o rapaz ficasse com pena de mim e me liberasse... Cheguei a chorar! Atrizes... E contava o meu drama, enrolando a língua...  Ele me ofereceu água e esperou pacientemente enquanto eu bebia dois copos e pensava que talvez aquela água toda pudesse diluir o álcool do meu sangue.
Ridíííícula.
O gentil rapaz me perguntou se eu tinha ingerido bebida alcoólica.
NÃO! Respondi, prontamente.
Daí, talvez imbuída do espirito de retidão, transparência, verdade, de correção e lisura que reivindicamos nas manifestações das ruas nos tempos atuais, e conduzida pelo gentil rapaz, soprei o bafômetro...
Acho que esperava que alguma intervenção divina se comovesse com a minha honestidade e impedisse que o assustador aparelhinho me acusasse de níveis constrangedores de álcool no sangue.
E no intuito de dar uma mãozinha às divindades que protegem os bêbados e as crianças, soprei fraquinho, meio para os lados, deixando o sopro escapar, e tentando fazer com que o ar entrasse pelo nariz e fosse direto para a boca sem passar por dentro de mim e das minha margaritas de melancia, sei lá .
O gentil e muito paciente rapaz me pediu que repetisse o sopro, com força minha senhora, fechei os olhos e fui.
Foi então, que ouvi em voz alta o numero que deu lá no aparelhinho, e eu pude ouvir, também, um sonoro Oooohhhh vindo da fila de desesperados, menos alcoolizados do que eu, ao lado.
Bom, perdi minha carteira e só não perdi também o carro porque quem tem filho tem tudo nessa vida.
Hoje, ressaca. Espiritual, também. E a certeza de que sou mesmo muito burra.
Todo mundo, mas todo mundo mesmo, sabe que não pode soprar.
E se beber não dirija!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Não basta votar tem que cobrar!

Não vou discutir a importância de votar conscientemente, de investigar sobre o candidato escolhido, de conversar com os amigos sobre.
Mas, cinco séculos antes de Cristo, Sófocles já dizia em sua lindíssima tragédia "Antígona", palavras sábias: "Não é possível conhecer perfeitamente um homem e o que vai no fundo de sua alma, seus sentimentos e seus pensamentos mesmos, antes de o vermos no exercício do poder, senhor das leis."
A maioria dos candidatos em quem votei não se elegeu, e os que elegi, de alguns senti constrangimento e vergonha. Foi assim com Stephan. Com Stephan! Com Lula! Com Lula, meu deus, presidente de sindicato, que veio das classes menos favorecidas...

Então, o que fazer? Esperar mais quatro anos até que novas eleições me permitam novamente ter voz e tentar acertar?

Não. Não, mesmo! A gente tem o direito de cobrar, de exigir! Cobrar dos que estão lá, porque votamos neles, que me representem.
Sejamos a voz que não vai calar, que vai tornar este, um país melhor para os que virão. Não dá para ficar calado até as próximas eleições!

Então, porque calamos diante das afrontas como ter o Renan Calheiros presidindo o Congresso Nacional, Marco Feliciano eleito presidente da Comissão dos Direitos Humanos?! Por que calamos quando o caso Cachoeira não dá em nada? Quando condenados do mensalão não vão para a cadeia e nem ao menos perdem seus mandatos?! Porque pagamos impostos, que estão entre os mais altos do planeta, e nos calamos diante da vergonha de não nos darem de volta um sistema de transporte que funcione, um sistema de saúde que não seja humilhante, um sistema de educação que dignifique? Porque calamos quando vemos estes funcionários públicos (público significa: do povo) aumentando seus próprios salários (os maiores do mundo) sem ao menos merecerem?!

Espero, com todo o meu coração, que as manifestações desta segunda feira histórica, tomem corpo, tomem forma, e a gente possa acabar com este desrespeito vergonhoso que nos impingem aqueles que nós pusemos lá para governar o nosso país.
Que a gente não confunda a importância deles. Eles não são governantes, eles estão governantes. E só estão governantes por que nós os pusemos lá. Somos nós que pagamos seus salários para que trabalhem honesta e eficientemente, para nós.

Ufa!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Meus desenhos:

Eu desenho. E uso muito a borracha. É difícil acertar sempre. É difícil acertar. Mas volto atrás e vou apagando aquilo que não gostei de desenhar, aquilo que errei. As vezes acontece de eu riscar com muita força e o papel fica marcado. Então, por mais que eu tente apagar a marca não sai, fica lá. Daí, eu persisto e vou desenhando outra coisa e se ela é bonita e forte você nem percebe o defeito que ficou no papel. Apesar dele continuar ali.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

Eu sou CAOS

Tentando desesperadamente me organizar.
E essa tentativa sempre me transforma num ser neurótico.
Delícia de chuva...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

De tudo ao meu amor serei atento antes

Sejam muito atentos um ao outro.
E que vocês possam se olhar sempre com olhos generosos.

Não sei bem porque, mas festa de casamento me faz sentir uma certa melancolia...

Acho que é porque eu olho para aquele lindo casal e penso que o Tempo vai transformar isso que eles acham que vai ser numa outra coisa que eles nem imaginavam que ia virar...

terça-feira, 5 de março de 2013

Não adianta...

Não consigo ler uma frase clichê, ouvir um pensamento óbvio e/ou politicamente correto, ou ver alguém posando de bonzinho, que me dá uma vontade irresistível de...

sexta-feira, 1 de março de 2013

Amor próprio

Não sei se já comentei aqui, mas tenho uma séria desconfiança de que só se ama a si mesmo.
Eu acredito, sinceramente, que não há possibilidade de amor que não seja o amor que a gente sente pela gente mesmo.
Ou seja, quando se ama o outro é simplesmente por alguma coisa que o outro faz ou provoca na gente e que a gente gosta, e/ou quer muito.
Mesmo quando a gente se apaixona cegamente, e sofre, e mesmo assim não consegue resistir e dizer não, é porque queremos muito este sentimento incrível e raro, e queremos muito sofrer de amor, e assim nos sentirmos vivos e pulsantes. Não amamos a pessoa, amamos o sentimento que ela nos provoca, a Vida que ela nos trás.
Então, se em algum momento eu começo a não gostar de quem sou quando estou com uma pessoa, ou se eu começo a não querer ser em quem estou me transformando por causa dela, eu começo a deixar de ama-la. E esse deixar de amar é, também, amor a si próprio.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Joao Arthur nosso filho, hoje defende dissertação de mestrado em polímeros, Sucesso pra ele e Orgulho dos pais !!! "

Minha amiga, da época do colégio, postou esse texto no Facebook.

E eu fiquei aqui pensando...
Porque será que Joao Arthur para ser o "orgulho dos pais" precisa defender uma dissertação de mestrado em polímeros?

Ontem encontrei a mãe de uma estudante da Cal que eu preparei para a banca. Perguntei se a futura atriz continuava na carreira. Sabemos que a maioria desiste. A mãe da menina me respondeu que sim, que agora estava contratada da Record e também estava escrevendo e em cartaz com um stand up de muito sucesso e que ela não sabia onde tinha errado. Que ela tinha dado uma educação primorosa para a menina e que tinha colocado nos melhores colégios e a menina deu nisso. Foi bem assim que ela falou.

É, para ser o "orgulho dos pais" é preciso DEFENDER UMA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM POLÍMEROS!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Terceira Idade

E comecei a pensar assim que poderia ser bem feliz se eu virasse uma senhorinha gordinha e simpática. Porque não? Entrei na menopausa, parei de fumar e a cada 15 dias um quilo a mais. Força de vontade zero. É que eu adoro um vinhosinho tinto nas noites de inverno, e uma taça de pro-seco, nas de verão. E agora comecei a gostar, também, de cozinhar.
Então: posso muito bem ser uma senhorinha amável, do tipo Nicette Bruno, e tudo bem.

Quatro quilos e meio acima! Foi o suficiente. Chega. Não dá.
DIETA JÁ!

E vou envelhecer a lá Marília Pera. Sem as plasticas.